Criminosos arrancaram um filhote das costas da mãe no Jardim BotânicoDivulgação

Rio - Policiais da 15ª DP (Gávea) prenderam, nesta quarta-feira (11), um casal apontando como os maiores caçadores e traficantes de primatas silvestres em atuação na cidade do Rio. Geovane Felipe Timal Gomes e Taís de Oliveira Costa foram detidos a caminho do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, quando iriam fazer novas presas. Segundo os agentes, eles vendiam filhotes de macacos-pregos pela internet e ofereciam serviço clandestino de legalização desses animais.
Taís de Oliveira Costa e Geovane Felipe Timal Gomes foram presos pela 15ª DP (Gávea) - Divulgação
Taís de Oliveira Costa e Geovane Felipe Timal Gomes foram presos pela 15ª DP (Gávea)Divulgação
A investigação teve início em fevereiro deste ano, quando o casal furtou animais silvestres no Jardim Botânico. Na ocasião, eles arrancaram um filhote de macaco-prego das costas da mãe e, nas imagens das câmeras de segurança, foi possível observar a primata correndo pela via para resgatar a cria. Após esse fato, os agentes localizaram a dupla e conseguiram resgatar o animal próximo à comunidade dos Prazeres.

As apurações apontaram que o casal vendia filhotes de macacos-pregos ilegalmente com a participação de uma facção criminosa. Além disso, eles também forneciam o serviço de legalização desses animais, o que não é permitido. Com análise das câmeras de segurança e cruzamento de dados de segurança, a polícia pediu pela prisão da dupla, que se escondia em comunidades na Zona Sul. A partir de informações de inteligência, os agentes tomaram conhecimento que os criminosos estariam em deslocamento para o Jardim Botânico, nesta quarta.
Com o apoio de agentes do Segurança Presente, o casal acabou preso antes de furtar novos animais. Com eles foram encontrados grande quantidade de pães, bananas, biscoitos e sedativos, para dopar os bichos, além de uma rede para capturá-los. Contra ambos, os agentes cumpriram mandados de prisão preventiva por associação criminosa e caça irregular de animal silvestre.

O trabalho contou com troca de informações com a Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal. Segundo a equipe da 15ª DP, os presos possuem juntos 20 anotações criminais pelos crimes de furto, receptação qualificada, crimes contra a fauna, associação criminosa e falsidade ideológica.