Anestesista Giovanni Quintella Bezerra está preso desde julho de 2022Arquivo/Reginaldo Pimenta/Agência O Dia
Anestesista que estuprou mulheres na sala de parto é condenado a 30 anos de prisão
Giovanni Quintella Bezerra terá que pagar R$ 50 mil reais de indenização por danos morais a cada uma das vítimas
Rio - A Justiça do Rio condenou, nesta segunda-feira (9), o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra a 30 anos de prisão, em regime fechado, por estupro de vulnerável contra duas mulheres na sala de parto. O crime aconteceu em julho de 2022 e ele está preso desde então.
Na ocasião, Giovanni foi flagrado em filmagem abusando de uma paciente sedada em trabalho de parto no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em Vilar dos Teles, São João de Meriti, na Baixada Fluminense. No mesmo dia, Quintella abusou de outra paciente.
Na decisão, o juízo da 2ª Vara Criminal de São João de Meriti negou o pedido da defesa de Quintella para que ele recorresse em liberdade. O anestesista também foi condenado a pagar R$ 50 mil reais de indenização por danos morais a cada uma das vítimas.
Criminoso teve registro de anestesista cassado
Em dezembro de 2023, o Conselho Federal de Medicina (CFM) cassou o registro de anestesista de Giovanni. A cassação do CRM tem caráter definitivo e em nível nacional, ficando o apenado proibido de exercer qualquer atividade relacionada à medicina (atendimentos clínicos e cirúrgicos ou nas áreas de pesquisa, ensino e gestão, entre outras).
Em março daquele mesmo ano, Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj) também decidiu pela cassação definitiva do registro do anestesista.
Relembre o caso
Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante, em julho de 2022, após enfermeiras e técnicas de enfermagem do Hospital da Mulher gravarem um vídeo do médico colocando o pênis na boca da paciente, que estava anestesiada durante a realização do parto.
No registro, a gestante estava deitada na maca, inconsciente. Enquanto a equipe médica finalizava o procedimento cirúrgico, Giovanni foi flagrado introduzindo o pênis na boca da vítima. Ao terminar o ato de violência, o anestesista pegou um lençol e limpou a boca da gestante. A ação durou cerca de 10 minutos. O vídeo serviu como prova e foi encaminhado à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti.
Após a repercussão deste caso, mais uma vítima do médico compareceu à 64ª DP (São João de Meriti) para denunciar a conduta do profissional durante uma cesárea realizada no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, uma semana antes. A mulher, junto com o marido e a mãe, reconheceram o criminoso depois da repercussão da prisão em flagrante nos jornais.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.