O secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., já propagou informações falsas sobre vacinas em outros momentos Tomaz Silva/Agência Brasil
Na semana ada, funcionários da Food and Drug istration (FDA), agência federal que regula os alimentos e os medicamentos nos Estados Unidos, anunciaram que limitariam a aprovação das vacinas contra a covid-19 aos adultos maiores de 65 anos e às pessoas mais jovens com algum problema de saúde subjacente.
O governo Trump afirma que outros países, como o Reino Unido, a Alemanha e a França recomendam reforços anuais apenas para pessoas idosas e imunocomprometidas.
Durante muito tempo, Kennedy Jr. promoveu a desinformação sobre as vacinas em geral e contra a covid-19 em particular.
As autoridades da FDA também assinalaram que os fabricantes de vacinas terão que realizar novos testes clínicos se desejarem manter a aprovação para o uso em pessoas sadias maiores de 65 anos.
As mudanças recentes suscitaram críticas.
Amesh Adalja, especialista em doenças infecciosas da Universidade Johns Hopkins, declarou à AFP, na semana ada, que, embora a nova abordagem coincida com a adotada por outros países, "a série inicial de vacinas da covid-19 deveria fazer parte da imunização infantil de rotina".
Paul Offit, um dos principais especialistas em vacinas do Hospital Infantil da Filadélfia, alertou que, ao contrário, poderia restringir o o das pessoas que ainda desejam reforços, sobretudo no marco do sistema de saúde privado dos Estados Unidos, no qual as empresas de seguros podem rejeitar a cobertura.
"Se você está ou esteve grávida recentemente, tem mais probabilidade de adoecer de covid-19 em comparação com quem não está grávida", adverte a página web.
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