A entrevista aconteceu durante o programa matutinoReprodução/Instagram

Nesta segunda-feira (9), Patrícia Poeta enfrentou novas críticas nas redes sociais após entrevistar, durante o "Encontro", Fernando e Mônica Guimarães, pais de Herus Guimarães Mendes da Conceição. O jovem foi morto no último sábado (7), durante uma operação do Bope (Batalhão de Operações Especiais), enquanto participava de uma festa junina no Morro do Santo Amaro, no Rio de Janeiro (RJ).

A presença do casal no programa gerou forte repercussão nas redes sociais. A galera da web acusou Patrícia Poeta de explorar o sofrimento da família com intenções sensacionalistas e em busca de audiência. "O que Patrícia Poeta faz no 'Encontro' não é jornalismo, é sensacionalismo. Expor o luto de uma mãe ao vivo é desrespeito, não serviço. Dor não é entretenimento", escreveu uma pessoa. "Gente, como que o programa coloca essa mãe nesse estado ao vivo? Essa Patrícia Poeta e a produção desse negócio são bizarros!", observou um internauta. "É ridículo e muito vergonhoso o que o 'Encontro com Patrícia Poeta' tem feito com familiares de vítimas de crimes cruéis. Essa mulher é tudo, menos jornalista, porque só faz pergunta imbecil e no pior momento da vida dessas pessoas", disse um usuário do X, antigo Twitter.

Herus, de 24 anos, trabalhava como office boy e morreu atingido por dois disparos dos policiais. Seu sepultamento aconteceu no último domingo (8) e causou muita comoção entre os parentes e membros da comunidade. O jovem deixou um filho pequeno, de apenas 2 anos. "Eu não consigo dormir, eu não consigo comer. Eu vi tudo", desabafou Mônica, enquanto chorava copiosamente.

Ela também revelou que chegou a pedir aos policiais que a deixassem acudir Herus, mas que não permitiram. "Eu pedi tanto para deixar salvar meu filho. Era só eles deixarem a gente levar, Patrícia. Demoraram, arrastaram o corpo do meu filho escada abaixo", relatou a mãe de Herus, visivelmente abalada.

"Todos estavam juntos, se divertindo. E eles entraram atirando", acusou Fernando, lembrando que pelo menos outras seis pessoas ficaram feridas. "Ontem, quando eu fui deitar, só vinha na minha cabeça o rosto do meu filho todo arranhado e a testa furada. Foi isso que a gente encontrou dele no cemitério", completou o pai do rapaz.