José Cunha Filho (de boina) foi uma das personalidades marcantes da festa de "descobertas e reencontros" Foto Antônio Filho/Divulgação

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Campo - “Descobertas e reencontros”, tema da 12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes (RJ), foi compatível com a festa literária, promovida pelo governo municipal, em homenagem ao cartunista Ziraldo (1932-2024), que prestigiou várias edições do evento.
Mais de 80 mil pessoas visitaram a feira, no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop), com entrada franca, entre os dias 30 de maio e oito de junho. O evento foi organizado pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), em uma estrutura de 2.250 metros quadrados, com 32 estandes, sendo exibidos 150 mil títulos.
Foram 12 horas diárias de programação, distribuídas nos espaços temáticos Arena Jovem/Arena de Ideias; Café Literário; e Arena Maluquinha (Espaço Infantil). Também estiveram envolvidas na organização as secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct); e a de Turismo.
“Com grande alegria, encerramos a 12ª Bienal do Livro de Campos, marcada por muitos momentos memoráveis”, afirma a presidente da FCJOL, Fernanda Campos comentando que foi um evento com grande lotação, todos os dias: “Representa um sucesso editorial e de programação. Durante dez dias, entregamos cultura, arte e letramento literário, para todas as faixas etárias, conforme nos solicitou o prefeito Wladimir Garotinho”.
NOMES MARCANTES - Fernanda ressalta que convidados ilustres participaram da bienal: “Entre eles Roseana Murray, Conceição Evaristo, Ruy Castro, Viviane Mosé, Cora Ronai, Fabrício Carpinejar, André Trigueiro, Juca Kfouri, Mary Del Priore, Juliana Dal Piva, Eliana Alves Cruz, Julio Emilio Braz, MV Bill, Elisa Lucinda, Marcelo Janot, Bia Bedran, Paulo Lins, Maria Ribeiro, Thalita Rebouças, Braulio Tavares, André Vianco, Regina Zappa, Otávio Júnior e Sérgio Rodrigues”.
No total, 80 escritores de Campos e região estiveram presentes; lançaram que ficaram expostas para venda. “Nossos convidados contaram suas histórias profissionais e de vida, interagindo com a plateia de cada mesa. Os mediadores foram, em sua maioria, intelectuais do município de Campos, enriquecendo os debates e trazendo as temáticas para a realidade regional”, analisa a curadora do evento, Suzana Vargas.
O jornalista e cronista fluminense, José Cunha Filho foi uma das personalidades campistas marcantes. Aos quase 85 anos de idade, ele lançou "Campos – Histórias Jamais Contadas", que brevemente também será apresentado no Festival Doces Palavras e na Academia Pedralva de Letras e Artes e na versão online, em site próprio. A obra é um misto de romance histórico, crônica social, sátira política e realismo mágico.